MURALIST AND VISUAL ARTIST
SÃO PAULO - BRAZIL

"EMBORA ALGUNS POSSAM ADERIR À IDÉIA DE QUE TODOS OS ARISTAS LIGADOS A MISSÕES ESPECÍFICAS DE UM GRUPO OU UMA NOÇÃO FIXA DE COMUNIDADE, OS TRABALHGOS MAIS INTRIGANTES DESMONTAM ESSES MESMOS PRESSUPOSTOS E APRESENTAM NOVAS POSSIBILIDADES PARA TERMOS ANTIGOS[...].PARECE QUE TEMOS NOS AFASTADO DA CRENÇA OUTRORA AMPLAMENTE SUSTENTADA DE QUE TODOS OS ARTISTAS NÃO BRANCOS, PARA VALIDAREM SEU TRABALHO, DEVEM SE ENGAJAR NAQUILO QUE O STUART HALL CHAMOU DE RECUPERAÇÃO IMAGINATIVA DE UM PASSADO ÚNICO E UNIFICADO.NÃO MAIS ATRELADOS A UM SENSO DE OBRIGAÇÃO DE RESTRINGIR SEU FOCO, SEUS MATERIAIS OU SEU GÊNEO, MUITOS ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS NÃO BRANCOS SE MOVIMENTAM ENTRE O PASSADO E O PRESENTE, ENTRE A HISTÓRIA E A FICÇÃO, ENTRE A ARTE E O RITUAL, ENTRE A ARTE ELEVADA E A CULTURA POPULAR E ENTRE AS INFLUÊNCIAS OCIDENTAIS E A NÃO OCIDENTAIS” - Coco Fusco


Coco Fusco é uma artista interdisciplinar e escritora residente em Nova York. É ganhadora dos prêmios: Guggenheim Fellowship 2013, Absolut Art Writing 2013, Fulbright Fellowship 2013, US Artists Fellowship 2012 e Herb Alpert Award 2003 na categoria Artes.



São essas questões apresentadas que guiam a pesquisa artística de Diego Mouro, artista autodidata e muralista, que vive e trabalha em São Paulo, oriundo da periferia de São Bernardo, ABC Paulista, e uma das maiores capitais metropolitanas do mundo com uma população majoritariamente negra.


Diego constrói sua trajetória artística a partir dos saberes e práticas ancestrais, transformando o processo de produção artístico em parte de um ritual e busca pelo resgate do passado numa ponte para a construção de novas narrativas de futuro e ressignificação do presente. Trabalhos que perpassam as questões raciais de dor e promovem o encontro de elementos e símbolos tradicionais da cultura negra e sua relação com o Brasil, buscando assim entender como nosso regionalismo foi construído em cima de hábitos africanos e de que forma foram transformados em costumes e crenças que só existem aqui como o congado e o candomblé.


Com técnicas e influências que vão da arte tradicional à arte de rua, passando pela pintura contemporânea, seus trabalhos respeitam a tradição do muralismo e constroem uma narrativa não verbal, compartilhando conhecimento e sendo parte de processos formativos na construção de uma nova narrativa histórica da arte e das culturas tradicionais.




EXHIBITIONS

2018
2ª Bienal do Ouvidor 63 | Redbull Station | São Paulo, Brasil;

Sarau Visual do Carnaval | Centro Cultural Ouvidor 63 | São Paulo, Brasil;

4ª Playfair | Gama Crea Gallery | Cidade do México, México;

Claúsura Tránsito | Group Exibition | Cidade do México, México;


2017
3ª Playfair | Galeria Gama Crea | Cidade do México, México;

Cofluences | Espace d’art Contemporain Le Grape 27 | Paris, France;

Mistura | apArt Gallery | São Paulo, Brazil;